24 de agosto de 2015

Homens & Dragões


Os dragões sempre fizeram parte da nossa imaginação, desde o oriente ao ocidente, desde a antiguidade aos dias de hoje. 

No cinema e na TV, apareceram em filmes, séries e desenhos de sucesso como O Hobbit, A Guerra dos Tronos, Caverna do Dragão e Dragon Ball. Em outras mídias, sempre estiveram presentes também; bons ou maus. No entanto, sabemos que dragões são seres da mitologia e que provavelmente nunca existiram! Será?!

A História está cheia de relatos de encontros e visualizações dos chamados “dragões”. Aqui, veremos alguns desses relatos. O astrônomo Carl Sagan escreveu: “A difusão de mitos de dragões nas lendas de muitas culturas provavelmente não é um acidente”. 

O artigo não tenta provar nada, mas vale como curiosidade! E que comecem os relatos:

Na Bíblia Sagrada, uma terrível criatura é citada por Jó: o Leviatã! Eis aqui, alguns trechos do livro de Jó cap. 41: - “Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.”...“Dos seus narizes procede fumaça, como de uma panela que ferve, e de juncos que ardem.”...“O seu hálito faz incender os carvões, e da sua boca sai uma chama.” ...“As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar como uma vasilha de unguento.”. Já o livro de Isaías, cita o seguinte: "Naquele dia o Senhor castigará com a sua dura espada, grande e forte, o Leviatã, a serpente fugitiva, e o Leviatã, a serpente tortuosa; e matará o dragão que está no mar." (Isaías 27:1). 

A palavra "tanniyn" também aparece várias vezes na Bíblia. Ela é traduzida de diferentes maneiras em diferentes passagens. Às vezes como “dragão“, outras como “serpente voadora” ou só “serpente” e outras ainda como “monstro marinho“. Na demonologia, o Leviatã é dado como um dos quatro príncipes coroados do inferno. É o monstro marinho bíblico, de enormes proporções e rei de todas as criaturas do mar. Seu nome vem do hebraico, e significa literalmente, Serpente Tortuosa.

Durante as grandes navegações do século XIV e XV, Leviatã personificou o medo do Mar e do desconhecido. Nesta época não foram poucos os relatos de tripulações inteiras dragadas por este ser, que era tido como a besta marinha por excelência que se escondia nas tempestades, destruía portos inteiros e afundava as embarcações;

No século IV A.C., Alexandre, o Grande, reportou que quando conquistava partes do que hoje é a Índia, os seus soldados ficaram assustados com os grandes dragões que viviam em cavernas;

Os últimos governadores gregos do século II A.C. teriam trazido dragões vivos da Etiópia;

Livros antigos chineses reportam que algumas famílias chinesas criavam dragões para fins medicinais. Em 1611, o imperador chinês criou o posto de “Alimentador do Dragão Real”;

Marco Polo viveu na China durante 17 anos. No ano de 1271, ele reportou que o imperador chinês criava dragões para puxarem suas carruagens em desfiles;

Nos tempos medievais, os Escandinavos faziam referência a dragões que nadavam nos mares;

O rei assírio Sargão II, que viveu no século VIII A.C., deixou registrado que navegava no mar Mediterrâneo quando viu uma serpente marinha;

O grande médico naturalista suíçoConrad Gessner, cuja obra Historiae Animalium (séc. XVI) foi considerada marcante para o princípio da zoologia moderna, afirmou que “os dragões são muito raros mas ainda criaturas vivas” (pág. 224);

O grande historiador judeu Flávio Josefo, que viveu no século I/II D.C., escreveu a respeito de pequenos répteis voadores na Arábia e no Egito;

10º O grande historiador grego Heródoto, que viveu no século V A.C., registrou: “Há um lugar na Arábia, situado muito perto da cidade de Buto, onde eu fui quando ouvi a respeito de serpentes com asas; quando lá cheguei, vi ossos e espinhas de serpentes, em quantidades tais que seriam impossíveis de descrever. A forma da serpente é como aquela da serpente da água, mas com asas sem penas. Muito parecidas com as asas de um morcego”. (Heródoto, Historiae, tr. Henry Clay, 1850, pp. 75-76).


E você, curte dragões?! Provavelmente sim, ou não fariam tanto sucesso entre a humanidade! Bem, antes no imaginário, do que na vida real!!!

 O mitológico dragão chinês (oriental) é diferente do dragão ocidental. Seu 
corpo é esguio como o de uma serpente. Tem sido por muito tempo um símbolo 
poderoso! (Foto: Reprodução)

Os Escandinavos faziam referência a 
dragões marinhos. (Foto: Reprodução)

Os temíveis dragões medievais da mitologia europeia, que por muitas vezes, 
guardavam tesouros ou princesas, voavam e soltavam fogo! (Foto: Reprodução)

Melhor que vivam apenas no imaginário humano mesmo, como nessa cena de
A Guerra dos Tronos! (Foto: Reprodução)


Fonte: https://alogicadosabino.wordpress.com

29 de junho de 2015

Celebridades ao quadrado!



No Brasil, várias celebridades viraram personagens de revistas em quadrinhos e viveram muitas aventuras voltadas ao público infantil! A maioria delas, publicadas nos anos 1980 e 1990, contavam com pessoas famosas do mundo da televisão, da música e dos esportes! Nesse post, iremos abordar mais essa curiosidade. Se você não conhecia tais revistinhas, com certeza irá se divertir em conhecê-las e se já conhecia, terá a oportunidade de relembrá-las!


TV


Das celebridades televisivas, Os Trapalhões e Fofão, já eram personagens na TV, sendo que não foram os atores em si que ganharam uma versão em quadrinhos, contudo, resolvi incluí-los nesse post por serem bastante queridos do público brasileiro! Uma curiosidade é que, pelo que consta, os trapalhões Didi, Dedé, Mussum e Zacarias foram as celebridades a aparecer nos quadrinhos por mais vezes, desde 1976 a 2010; sendo que por último, apenas o líder Didi e sua filha Lili (Lívian Aragão)!

Os apresentadores de televisão são os que mais ganharam versões quadrinhísticas, caso dos apresentadores de programas infantis AngélicaFofãoSérgio Mallandro e Xuxa (até as Paquitas ganharam uma edição especial na Coleção Gibizinho)! Dos apresentadores de programas de auditório, Faustão e Gugu também tiveram suas adaptações para os quadrinhos, e para completar o quadro televisivo, Ana Maria Braga! Veja algumas capas abaixo:

  • Angélica: 20 ed., 1989-1992 (Bloch).


  • Aninha: 25 ed., 1998 (Nova Cultural).


  • Quadrinhos do Faustão: 8 ed., 1991 (Abril).

  • Fofão: 24 ed., 1987-1989 (Abril).

  • Aventuras do Gugu: 13 ed. (Sequência)/ Novas Aventuras do Gugu: 1 ed (Sequência)/ Revista do Gugu: 20 ed., 1988-1990 (Abril).

  • Revista do Sergio Mallandro: 20 ed., 1988-1990 (Abril)/ Sergio Mallandro: 22 ed., 1990-1992 (Globo).

  • Os Trapalhões: 84 ed., 1976-1986 (Bloch)/ As Aventuras do Didi: 42 ed., 1982-1985 (Bloch)/ Os Trapalhões Revista em Quadrinhos: 76 ed., 1988-1993 (Abril)/ As Aventuras dos Trapalhões: 51 ed., 1989-1994 (Abril)/ As Aventuras do Didi: 3 ed., 1996 (Bloch)/ As Aventuras do Didizinho: 20 ed., 2004-2005 (Escala)/ Didi & Lili Geração Mangá: 10 ed., 2010-2011 (Escala).


  • Revista da Xuxa: 69 ed., 1988-1993 globo/ Paquitas: 1 ed. especial na ed. 12 da Coleção Gibizinho (Globo) em 1992.



MÚSICA


Não foram muitos os cantores que ganharam uma versão em quadrinhos no Brasil, mas dos cantores brasileiros, Leandro e Leonardo tiveram essa oportunidade! Tiririca também chegou a estrear uma edição sem muito sucesso (notem que Tiririca também lançou uma cartilha em quadrinhos quando candidato a deputado federal)! Outro grupo - só que internacional - publicado no Brasil, foi a banda americana New Kids on the Block, mas diferente dos demais, os gibis dessa banda, não eram produzidos no Brasil! Veja algumas capas abaixo:

  • Leandro e Leonardo em Quadrinhos: 20 ed., 1991-1993 (Globo).


  • New Kids on the Block: 18 ed., 1991-1992 (Globo).

  • Tiririca em Quadrinhos: 1 ed. (Taquara Editorial).



ESPORTES


O mundo dos esportes também tem seus heróis. Oscar, da seleção brasileira de basquete, Ayrton Senna e os jogadores de futebol Pelé, Neymar e Ronaldinho Gaúcho também foram protagonistas de suas próprias revistas em quadrinhos. O pai da Turma da Mônica, Maurício de Sousa, preferiu investir nos três futebolistas! Veja algumas capas abaixo:


  • Oscarzinho: 3 ed., 1998 (Mythos).


  •  Senninha e sua Turma: 99 ed., 1994-1999 (Abril)/ Senninha e sua Turma: 6 ed., 1999-2000 (Brainstore)/ Senninha e sua Turma: 10 ed., 2008-2010 (HQ Maniacs Editora).

  • Pelezinho: 58 ed., 1977-1982 (Abril)/ As Melhores Histórias do Pelezinho: 15 ed., 2012-2015 (Panini)/ Pelezinho Coleção Histórica: 6 ed., 2012-2015 (Panini), e algumas edições especiais pela editora Globo!


  • Neymar Jr.: 24 ed., (1ª série) 2013-2015/ (2ª série): Em andamento desde mai/2015.


  • Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica: 3 ed. 2006 (Globo)/ Ronaldinho Gaúcho: 100 ed. 2007-2015 (Panini).



Além das linhas mensais mencionadas acima, muitos desses personagens também tiveram Almanaques e edições Especiais. Quanto maior o sucesso e as vendas, maiores as chances de um gibi ganhar edições extras!


Outras celebridades que estrelaram nos quadrinhos e merecem destaque são Oscarito e Grande Otelo, Mazzaropi, os palhaços Carequinha Arrelia e Pimentinha, mas esses não eram em versão mirim e nem tiveram um título próprio, sendo que foram publicados na coleção Seleções Juvenis da La Selva nos anos 1950! Ainda nos anos 1950, Bozo também estrelou na curta coleção Batuta da Orbis! Outras personalidades como Chico Anisio (na edição especial Chico Anisio - Era Xixo um Astronauta?e Zé do Caixão também tiveram a sua vez, mas sem muito sucesso! Já o empresário Beto Carrero, mais conhecido por seu parque temático Beto Carrero World, teve duas coleções próprias: As Aventuras de Beto Carrero em 5 edições (Cluq) e As Aventuras de Betinho Carrero, versão mirim, publicada pela JB World em 8 edições!

E você, se fosse uma celebridade, alguém famoso, gostaria de ser transformado em personagem de uma revista em quadrinhos só sua?! Se alguém conhecer mais alguma celebridade que virou gibi e que não foi citado aqui, aproveite o campo dos Comentários! ;)

(Fonte: Universohq/ Guia dos Quadrinhos. Fotos: Guia dos Quadrinhos)

17 de março de 2015

As mais notáveis aves extintas pelo homem moderno!



Aves não-voadoras tem maiores chances de serem extintas. Além das dificuldades na fuga, seus ninhos são feitos no chão, o que facilita a ação dos predadores! Desde os primórdios da humanidade, muitos animais foram extintos, mas algumas espécies de aves que poderiam estar vivas até hoje, não foram extintas há tanto tempo assim!

Uma ave que certamente causaria fascínio nos dias de hoje - e que eu gostaria muito de ver com vida - é a Moa (Dinornis novaezealandiae)! E como não se fascinar com essa gigante emplumada? Existiam 11 espécies de moa, sendo que a Dinornis maximus seria a maior delas. Algumas fontes citam que ela podia chegar a 3,7 metros de altura e 400 quilos de peso! E elas não foram extintas há tanto tempo assim, se considerarmos que na época em que o Brasil foi descoberto pelos portugueses, em 1500, as moas ainda existiam, na Nova Zelândia! Nessa mesma época, vivia Leonardo da Vinci, Martinho Lutero, Luís Vaz de Camões, William Shakespeare e outros nomes que permanecem imortalizados na história da humanidade! As razões para o desaparecimento das moas, estão relacionadas à caça predatória dos povos maoris para o consumo da carne! O consumo insustentável teria levado essas aves à extinção; os maoris comiam as coxas da ave, que acreditavam dar força aos guerreiros, e dispensavam o resto! Provavelmente doenças trazidas por aves migratórias e os efeitos de erupções vulcânicas, também contribuíram para a extinção dessa gigante, que contava com cerca de 170 mil unidades, extintas em menos de 100 anos desde a chegada do homem na Nova Zelândia!


 A Moa foi exterminada pelo povo maori nos anos 1500. Alcançava quase 4 metros de altura.


Acredita-se que uma outra ave, a Águia-de-haast (H. moorei), foi extinta na mesma época, como consequência da extinção das moas! Essas águias nativas da Nova Zelândia, foram uma das maiores aves de rapina já existentes, com uma envergadura de 3 metros de uma ponta da asa à outra, e tinham como principal presa, as moas! Outra de suas presas favoritas, o pato-de-finsch, também foi extinto! A ação humana também pode ter contribuído para a extinção da águia-de-haast, que não a caçava, mas destruia o seu habitat e introduzia novos predadores oriundos de outros habitats! Hoje, a maior águia do mundo é a águia-marinha-de-Steller, que pode chegar a 2,45 metros de envergadura.


              Na foto, um modelo do museu de Te Papa na Nova Zelândia, ataca uma moa.


Outra gigante notável extinta "recentemente" foi a Ave-elefante (Aepyornis maximus), também conhecida como vorompatra! Nativa da ilha de Madagascar, na África, media mais de 3 metros de altura e pesava cerca de 400 kg! Cada ovo dessa ave tinha uma circunferência de mais de 1 metro e até 34 cm de comprimento! Extinta em meados do século 17, nos anos 1600, a ave-elefante provavelmente foi extinta por navegantes europeus que caçavam as aves e seus ovos para servirem de alimento aos tripulantes! Madagascar era ponto de parada no caminho para as Índias! Foi nessa mesma época que viveram figuras importantes como Isaac Newton, Galileu Galilei, Blaise Pascal, Tiradentes, Zumbi dos Palmares e outros. Em comparação à ave-elefante, a maior ave existente hoje é a avestruz, que pode chegar a 2,5 metros de altura e 150 quilos.

 A ave-elefante não era tão mais alta que uma avestruz, mas bem mais 
corpulenta.

Ainda existem alguns ovos da ave-elefante; 160 vezes maiores que o ovo
de uma galinha!


O Arau-gigante ou alca ou pega (Pinguinus impennis, anteriormente Alca impennis), também é uma ave que não poderia deixar de ser citada! Extinta em 1840, essa ave não-voadora, que apesar do nome científico, não tem nenhum parentesco com os pinguins, habitava as ilhas do Atlântico Norte, das costas norte-americanas às costas europeias. Com cerca de 75 cm de comprimento, o arau-gigante era excelente nadador, mas essa não era uma virtude que o safaria das garras do homem! Essa ave era procurada pela carne, pelos ovos e pela pluma. Outro problema para o arau-gigante, foi no auge do entusiasmo com o naturalismo; os ovos e exemplares da ave tornaram-se num item bastante apreciado por colecionadores. Na mesma época viveram Alexander Graham Bell, os Irmãos Lumière, Thomas Edison, Charles Darwin, D. Pedro II e outros.

                        O Arau-gigante foi a última ave não-voadora do hemisfério norte.


E para finalizar a nossa lista de aves notáveis extintas em tempos modernos, nada mais justo do que citarmos a famosa ave Dodô (Raphus cucullatus), extinta nas Ilhas Maurícias no século 17! Predado por marinheiros famintos, seus animais domésticos e espécies invasoras introduzidas em seu habitat, o dodô foi visto pela última vez na natureza em 1662. A extinção do dodô em apenas cerca de um século após seu descobrimento chamou a atenção para o problema previamente desconhecido, da humanidade envolvendo o desaparecimento por completo de diversas espécies. Hoje, essa ave notável "vive" apenas na ficção, como em "Alice no País das Maravilhas"!

                      Dodô exposto no Museu de História Natural, Londres, Inglaterra.


Desde a "descoberta" do Brasil em 1500, mais de 190 espécies de aves foram extintas! Foram várias espécies ou sub-espécies de gigantes não-voadores, de patos, pombos, araras e papagaios, corujas, colibris, pássaros, etc. Trinta por cento de todas as espécies hoje extintas, eram do Havaí. A ilha de Guam também perdeu mais de 60% de suas espécies nativas nos últimos anos, muitas das quais, por causa de uma serpente introduzida na ilha pelo homem, a Boiga irregularis.

Hoje, existem cerca de 10 mil espécies de aves, das quais aproximadamente 1200, estão em risco de extinção!

Fotos: autores desconhecidos/ Fonte: Diversas

27 de janeiro de 2015

Você Sabia? 


Apesar de pesarem cerca de meia tonelada, os ursos-polares adultos, conseguem nadar até 80 km em busca de alimentos, sem parar! (Foto: USGS)


19 de novembro de 2014

Relembrando alguns personagens de Desenhos Animados que já visitaram o Brasil



O Brasil também recebe turistas estrangeiros nos desenhos animados! E provavelmente, o primeiro personagem famoso a visitar o Brasil nos desenhos animados, foi o pato Donald! O acontecimento ocorreu em 1942 no longa "Alô, Amigos" (Saludos Amigos). Produzido pelos Estúdios Disney, o longa de animação foi uma tentativa de aproximação dos Estados Unidos com a América Latina, objetivo de sua campanha "Política da Boa Vizinhança". O país precisava de aliados contra os ideais nazifascistas durante a Segunda Guerra Mundial, e o governo dos Estados Unidos financiou vários artistas, entre eles, Walt Disney, que produziu o desenho de estreia do papagaio brasileiro José Carioca (Joe Carioca), e outros! Passando por vários países do continente, no Brasil, o Pato Donald dançou ao som de "Aquarela do Brasil" e "Tico-Tico no Fubá" no Rio de Janeiro. 

Ops, o pato Donald enchendo a cara no Rio de Janeiro?!


Ainda durante a Segunda Guerra, em 1944, o pato Donald voltou para o Brasil no desenho "Você já foi à Bahia?" (The Three Caballeros), aonde ele reencontrou seu amigo Zé Carioca em Salvador, Bahia! Foi nessa animação que estreou o galinho mexicano Panchito, o terceiro cavaleiro do título original! Assim como em "Alô, Amigos", vários países da América Latina apareceram no longa. Em 1948, Pato Donald e Zé Carioca voltaram a se encontrar no Rio de Janeiro (sem menções ao país) no curta musical "A Culpa é do Samba", do filme "Tempo de Melodia" (Melody Time)!

O pato Donald paparicou muito e fez a festa na Bahia!


Em 1944, o marinheiro Popeye também fez uma visitinha ao Brasil no episódio "Vamos para o Rio" (Were on our way to Rio), produzido pelo Famous Studios. No episódio, Brutus e Popeye viajam até o Rio de Janeiro, aonde encontram a dançarina Olívia Palito que canta "Samba Lelê" em um cassino carioca (na época, os cassinos eram permitidos e os do Rio eram famosos no exterior). Lá, os dois rivais, disputam a atenção da garota.

 Brutus e Popeye chegaram ao Rio de Janeiro montados numa vaca!


Em 2002, os Simpsons também vieram ao Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro e logo depois, seguindo para o Amazonas. O episódio "A Culpa é da Lisa" (Blame It On Lisa) gerou polêmica no Brasil por mostrar algumas das realidades brasileiras (gostando ou não), como sequestros, meninos de rua assaltando turistas, favelas, entre outras coisinhas que irritou o então presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, que vinha investindo em publicidade internacional para atrair turistas estrangeiros. Aqui, os Simpsons dançaram ritmos musicais "tipicamente" brasileiros como Conga (estilo musical cubano) e a Macarena (de origem espanhola), mas a  mais "poderosa dança brasileira" era a Penetrada (sim, você não pensou besteira)!

Muita polêmica em torno da viagem dos Simpsons ao Rio de Janeiro. 
Para nós brasileiros, nada do que mostraram foi novidade!


Em 2014, os Simpsons voltaram ao Brasil, e dessa vez, Homer Simpson veio para apitar os jogos da Copa do Mundo por todo o país. No episódio "You Don't Have to Live Like a Referee", os Simpsons passam por Recife, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo. Na capital paulista, Homer admira o skyline da cidade, janta no restaurante Figueira Rubayat (conhecido por ter uma figueira no meio do salão) e apita no Itaquerão.

  Alguns dos pontos mais conhecidos de São Paulo reunidos em um único cenário!


Mickey Mouse também aproveitou a Copa do Mundo no Brasil, para fazer uma visitinha ao Rio de Janeiro, aonde ele tenta assistir a um jogo no Estádio do Maracanã! Isso foi em um episódio de "Mickey Mouse Shorts": "O Futebol Clássico", exibido em junho de 2014!

Mickey se metendo em confusão no Maracanã.


Vários outros personagens já visitaram a Amazônia nos desenhos animados, no entanto, a Amazônia está situada em vários países, o que nos impede de saber se o episódio se passou justamente no Brasil. Obviamente, também não foram considerados na matéria, os desenhos animados em que os dubladores adaptavam os nomes das cidades originais para cidades brasileiras. A franquia "Rio" também não foi considerada, já que a arara azul Blu, além de nascer no Brasil, não era famosa até a criação da animação pelo estúdio americano Century Fox!

E você, conhece algum outro personagem famoso que visitou o Brasil nos desenhos animados, mas que não foi mencionado aqui? Compartilhe o seu conhecimento!

Fotos: Reprodução

31 de outubro de 2014

Os últimos unicórnios!



Rinocerontes são uma espécie formidável. Com aparência pré-histórica (o rinoceronte existe há mais de 50 milhões de anos), esses animais fascinam a muitos, mas também atraem aqueles que veem nele, apenas um objeto de comércio! 


Existem cinco espécies de rinocerontes no mundo:
  • o rinoceronte-de-java (Ásia);
  • o rinoceronte-de-sumatra (Ásia);
  • o rinoceronte-indiano (Ásia);
  • o rinoceronte-negro (África);
  • e o rinoceronte-branco (África).


Em 2010, a subsespécie de Rinoceronte javanês que habitava o Vietnã (Rhinoceros sondaicus annamiticus), foi considerado extinto! O último indivíduo visto dessa subespécie, foi encontrado morto, vítima de um caçador! Enquanto não mataram o último rinoceronte do Vietnã, não sossegaram, e agora, os vietnamitas pagam pela matança dos rinocerontes africanos! Nos últimos tempos, o Vietnã se converteu no principal mercado para os chifres destes animais. Hoje, vivem cerca de 50 rinocerontes javaneses na própria ilha de Java, na Indonésia. Mas estão em declínio!

Rinoceronte-de-java. Restam cerca de 50.



A espécie Rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis) está extinta na Índia e Bangladesh, e já havia sido considerado extinto na Indonésia, mas em maio desse ano, um indivíduo foi flagrado por uma câmera escondida. Será esse o último do país? São estimados menos de 200 rinocerontes-de-sumatra no mundo selvagem.


Rinoceronte-de-sumatra (ou rinoceronte-peludo). Restam menos de 200.



Na Ásia, a população maior é a do Rinoceronte-indiano (Rhinoceros unicornis), mas mesmo assim, não há muito o que comemorar, já que a sua população está em torno de 2.900 indivíduos apenas!


Rinoceronte-indiano. Restam cerca de 2.900.



Os Rinocerontes-negros (Diceros bicornis) também são considerados uma espécie em risco de extinção e restam cerca de 4.900 na África. Em 2011 a subespécie Rinoceronte-negro-do-oeste ou Ocidental (Diceros bicornis longipes) foi declarada extinta!


Rinoceronte-negro. Restam cerca de 4.900.


A subespécie Rinoceronte-branco do norte (Ceratotherium simum cottoni) também não deve durar muito tempo. No início de 2013, ainda existiam 66 indivíduos da espécie, mas até o final do mesmo ano, 59 foram mortos por caçadores. Em outubro de 2014 morreu mais um e restaram apenas 6 indivíduos, sendo que desses, somente um é 'macho reprodutor'! Esse macho vive na natureza e está sendo para as rinocerontes fêmeas de sua espécie, o que seria o "último homem da Terra" para as mulheres humanas! Mas se ele soubesse disso, com certeza não ficaria feliz (existe outro macho em cativeiro, no zoológico de San Diego, mas já é bem velho)! **ATUALIZAÇÃO: Morre em 14/12/14, o último macho em cativeiro da subespécie, restando agora, apenas cinco indivíduos!**


O Rinoceronte-branco do sul (Ceratotherium simum simum), já teve mais sorte que o seu primo do norte, e graças a políticas de conservação, viu sua população aumentar de menos de 100 animais no fim do século 19, para cerca de 20 mil, atualmente! Mas se você acha que esse número é grande, saiba que apenas em 2013 foram mortos cerca de 950 desses rinocerontes. Se a matança continuar nesse ritmo, estima-se que até 2026, a espécie também será extinta!


 Rinoceronte-branco do sul. Restavam menos de 100. Hoje, são mais de 20 mil! 
Da subespécie do norte, restam apenas 6.

O declínio da população de rinocerontes é atribuído principalmente à caça predatória. Muito valorizados pela medicina tradicional chinesa, os chifres (ou cornos) de um rinoceronte atingem preços altíssimos e, embora o peso varie, apenas um chifre, pode ser vendido por até US$ 150 mil. O valor do quilo chega a custar US$ 65 mil. Seu pó é considerado remédio e afrodisíaco pelos chineses e vietnamitas. 

Para finalizar, o curioso é que o que o chifre de rinoceronte, não passa de uma massa de cabelo aglutinado, composta por queratina, a mesma substância básica que forma as unhas das pessoas. Se os caçadores simplesmente serrassem esses chifres, eles cresceriam de novo e a população dos rinocerontes continuaria crescendo de modo que os próprios caçadores seriam beneficiados com isso (ilegalmente, é claro); mas não, preferem matar até que não reste mais nenhum!!!

Ps.: Os números aqui demonstrados, são todos referentes a 2014!

Fonte: viajeaqui.abril.com.br/ , curiosoblog.com.br/ , envolverde.com.br/  Fotos: Reprodução. 

20 de outubro de 2014

O Brasil, a Seca e a Escassez de Água.


Aquecimento global. Mudanças climáticas. Super população. Escassez de água.

Sempre brinquei com as pessoas: - "Cuide bem da água. Ela está em extinção!"; referindo-me à água doce, não escassa em muitos lugares, mas em outros sim! E sempre procurei economizar em banhos rápidos de cinco a dez minutos, enquanto muitos respondiam na sua prepotência: - "Fico uma hora no banho sim, eu pago por isso!" Em outros momentos, me vi obrigado a observar impotente, a água se esvaindo enquanto pessoas "varriam" suas calçadas com a mangueira, sem ao menos portar uma vassoura! E enquanto elas ficavam cinco minutos tentando tirar uma bituca de cigarro do vão da calçada, empurrando-a para a guia com o esguicho d'água, daonde ela prosseguia para os bueiros causando prováveis entupimentos e futuros alagamentos, a água era desperdiçada! Obviamente que isso ainda acontece!

Até a minha adolescência, no bairro onde eu morava na grande São Paulo, havia dois grandes lagos e algumas nascentes que chamávamos de "minas d'água"! No lugar desses mananciais e desses lagos, hoje existe um pólo industrial para a "bênção" e prosperidade da cidade. Na divisa do bairro, existia outro grande lago, que secaram e transformaram em loteamento. Na cidade vizinha, passava um rio largo, comprido e limpo, que em certo ponto, quase se encostava à linha do trem! Hoje ele se encontra soterrado e o que sobrou daquele rio, foi um fino córrego, sombra de um passado majestoso!

Isso sempre me preocupou, afinal, enquanto alguns alertam para a escassez da água, outros continuam secando os poucos rios e lagos que restam à bem do progresso! E outros grandes lagos e rios da região foram soterrados para que a população tomasse os seus lugares, tratando-os como inúteis, como se não dependesse deles para a sua sobrevivência!

A água sempre foi um bem precioso que muitos de nós - em certas regiões do Brasil ou do mundo - enxergou como uma "fonte inesgotável", por mais que fôssemos alertados por cientistas ou campanhas governamentais! Não por falta de conscientização, mas continuamos a consumi-la sem moderação, a secar rios e lagos, e a esbanjar desse recurso natural como se nunca fosse acabar. E ainda não acabou!

Só para citar um exemplo fora do Brasil, nos Estados Unidos, o poderoso rio Colorado, que esculpiu o mais longo sistema de desfiladeiros do mundo, o Grand Canyon, já não é tão poderoso. À medida que a população aumenta, um dos primeiros recursos a escassear-se é a água potável. O Colorado, hoje represado, já não chega ao mar na maioria dos anos, e este é um sinal muito claro de que a saúde do rio se encontra em muito mau estado. E ainda citando os Estados Unidos, a metrópole de Detroit nesse momento, está passando pelo mesmo problema que a cidade de São Paulo. Numa ação desesperada de economia, a cidade vem desde junho cortando a água de quem não pagou a conta. Até o momento, mais de 27 mil famílias já tiveram o corte de água (é claro que só não podem pagar as contas, as classes menos privilegiadas, o que fere os Direitos Humanos)! O estado da Califórnia também está passando por uma seca que proíbe inclusive que gramados sejam regados! A famosa Las Vegas está inclusa!
   
Desde muito tempo que ouvimos falar sobre o aquecimento global e seus efeitos, sobre o derretimento das geleiras, sobre os riscos da falta d'água, etc, mas talvez não nos atentamos que parte da "culpa" dessa seca enfrentada pelo Brasil não é apenas das mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa, mas também do desmatamento sofrido na Amazônia, por exemplo (que aliás, colabora com o efeito estufa)! Pois é, e quem diria que boa parte das chuvas que alimenta o Brasil, vem dessa floresta?!

A floresta amazônica tem a maior extensão de árvores tropicais do planeta e é responsável por 44% das chuvas no Brasil. Uma verdadeira “fábrica de chuva”! Todos os dias, essas árvores liberam até 20.000 bilhões de litros de água em forma de vapor, que formam um grande "rio flutuante" no céu! Este vapor de água flui por todo o país, se estendendo desde a Amazônia, no norte, até as florestas tropicais do Atlântico, no sul, provocando chuvas que alimentam desde as terras secas do nordeste com apenas alguns dias de chuva, até o pantanal, com inundações que garantirão a vida no local, por um ano inteiro. São essas chuvas provocadas pela floresta amazônica que também alimentam todos os rios do país e as quedas d'água que formam as Cataratas do Iguaçu.

Até as Cataratas do Iguaçu, no Sul do país, são alimentadas pela chuva 
que a Amazônia produz! (Foto: Jefferson Leite)


Dada essa informação, é possível agora imaginar que Amazônia é ainda mais importante do que pensávamos? Mas e de que valeram os alertas? A Amazônia continua sendo desmatada ao ritmo de uma Suíça por ano!

Só para citar mais um exemplo da importância das florestas, onde moro atualmente, no interior do Paraná, há quem testemunhe que antigamente, chovia 15 dias sem parar! Hoje, a região sofre com pouca chuva, e as plantações e pastos que substituíram as florestas aqui existentes, sofrem com esse "mal necessário" que foi extingui-las para tomar o seu lugar! No sul do país, do Paraná até o Rio Grande do Sul, existiam grandes florestas de araucárias e mata atlântica. Hoje, só existe  2% da Floresta de Araucárias (Mata de Pinhais)! Pastos e mais pastos é o que se vê na região! Pinheiros araucárias?! É mais comum encontrar algumas faixas de eucaliptos para corte; aliás, grandes sugadores de água, nativos da Austrália!

No Sul do país, restam apenas 2% das Matas de Pinhais. Sem florestas, não há
 criação de vapor. E sem vapor, não há chuva! (Foto: Pedro Serapio)


Embora a mídia esteja se focando no problema da seca em São Paulo, o país inteiro vem sofrendo com a seca atualmente. De norte a sul! A seca que está atingindo os reservatórios da região metropolitana de São Paulo tem ganhado grande repercussão na mídia, mas o problema está muito além! A seca está atingindo todo o Brasil, trazendo não apenas o risco da falta de água potável para a população, mas prejudicando lavouras em todo o país, como a de soja no Paraná ou a de café em Minas Gerais; trazendo prejuízos de R$ 18,5 bilhões para o Nordeste; fazendo com que 90% das cidades decretem situação de emergência no Piauí, e mais de uma centena em Minas Gerais ou na Bahia; entre outros problemas! Segundo o hidrologista Benedito Braga: "Em meio a essa crise no Sudeste, ninguém fala do Nordeste, que vive uma seca há três anos". Veja os números que estamos vivenciando em 2014 no que se refere à seca no Brasil:

  • Seca em São Paulo e Grande SP: a pior em 45 anos;
  • Seca no interior de SP: a pior em 70 anos;
  • Seca no Rio Paraíba do sul (RJ, SP, MG): a pior em 30 anos;
  • Seca no Rio São Francisco (MG, BA): a pior em 100 anos;
  • Seca na Bahia: a pior em 30 anos;
  • Seca no Nordeste: a pior em 50 anos.


Citando o problema de São Paulo como exemplo, a Sabesp, distribuidora de água no estado,  investiu R$ 9,3 bilhões entre 1995 e 2013, aumentando a produção no abastecimento de água na Grande São Paulo de 57,6 para 73,2 metros cúbicos por segundo, suficientes para abastecer Salvador e Fortaleza. Também investiu no Sistema São Lourenço e na redução de perdas de água que caíram de 33% em 1998 para 24% em 2014. Mas ainda assim podemos dizer que o problema de falta d'água em São Paulo é por incompetência do governo? Sim, até podemos! Certamente que os investimentos - deficientes em todas as áreas do Brasil - não foram suficientes, mas a verdade é que tanto o governo quanto a população tem a sua parcela de culpa, porque ambos a tiveram em abundância, e na sua acomodação e ceticismo em relação aos alertas, não acreditaram que essa fonte pudesse se esgotar! Não deram a devida importância para esse recurso natural; não imaginaram que o aquecimento global nos afetaria a tão curto prazo, causando secas inimagináveis (lembrando que a região metropolitana de São Paulo conta com seis Sistemas de Abastecimento. Os Reservatórios comprometidos pela seca são justamente os maiores: o da Cantareira e o do Alto Tietê, responsáveis pelo abastecimento de alguns milhares de pessoas)!

  Sistema Cantareira em São Paulo. Com a seca afetando todo o Brasil, este é o 
maior e mais prejudicado reservatório do estado. (Foto: Reprodução)


Talvez com o seu erro, o governo aprenda, pelo bem de seus próprios interesses políticos (e esperemos que aprenda)! Mas e a população? Aprenderá alguma coisa? Ou assim que as coisas normalizarem, continuarão a esbanjar como se nada tivesse acontecido ou como se nunca mais pudesse acontecer? Afinal, em meio a essa crise, com certeza tem aqueles que continuam enchendo suas luxuosas piscinas, ou suas piscininhas de borracha "para refrescar as crianças", tomando um, dois ou três banhos diários de uma hora, e praticando outros desperdícios como se nada estivesse acontecendo! 

E se a água acabar até o fim do ano, culpar o governo será fácil, afinal, o ser humano tem mesmo dificuldades em admitir a sua culpa, mas e se o governo - ou as chuvas - resolver o problema e em breve, criar por exemplo, outra represa? E quantas represas mais, o governo terá de criar ou ampliar? Temos suprido as necessidades humanas de uma forma muito simples: sempre que precisamos de mais água, vamos buscá-la. Desviamos outro rio, construímos outra barragem, procuramos mais água subterrânea, e tiramos mais do mundo natural. Por volta de 1950, tínhamos 5 mil grandes barragens no mundo. Hoje temos aproximadamente 50 mil. E no ritmo que a população brasileira está crescendo - de aproximadamente 3 milhões de pessoas por ano -, será que todas essas estratégias para a criação ou ampliação de mais represas será suficiente daqui algumas décadas? Daonde o governo irá captar tanta água para encher mais e mais reservatórios sem depender das chuvas, sem prejudicar ou esgotar a natureza?!

 A população brasileira aumenta num ritmo de 3 milhões de pessoas ao ano. Só 
na cidade de São Paulo, concentra-se a quarta colocação no que se refere ao 
ranking de maiores aglomerações do planeta, com pessoas vindas de todas 
as regiões do Brasil.
     

O Brasil é sim o país com maior quantidade de água do mundo, no entanto, é a Amazônia que concentra 80% do potencial hídrico do Brasil! Será que um dia o povo irá se conscientizar de que não importa a quantidade, cedo ou tarde tal recurso poderá se esgotar? Mesmo o Aquífero Guarani, o maior do mundo, com água potável sob o solo para sustentar a população por 50 anos, é esgotável! E o que será após o final desses 50 anos? E com a destruição da tal "fábrica de chuva" que conhecemos por floresta? Será possível num futuro próximo, sustentar mesmo aqueles locais que hoje não sofrem com a falta d'água? A dessalinização do mar já é utilizada por vários países, mas esse é um recurso de tratamento caro e distante da maior parte da terra firme! E seria a existência desse método, um motivo para não nos preocuparmos com as fontes de água doce?!

Já é bem sabido que o planeta está registrando temperaturas cada vez mais elevadas! Setembro foi o mês mais quente desde o início das medições feitas pela NASA, há 130 anos. A previsão da ONU é de que até 2030 quase metade da população mundial estará vivendo em áreas com grande escassez de água, o que vai prejudicar inclusive a agricultura, já que 70% de toda a água que retiramos de rios, lagos e aquíferos vai para a irrigação das colheitas.

 A Amazônia concentra 80% do potencial hídrico do Brasil e é responsável por 
                                                     44% das chuvas que alimentam o Brasil de Norte a Sul, contudo, continua 
                                                        sendo desmatada ao ritmo de uma Suíça por ano! (Foto: Reprodução)


Mas no momento, o que dizem alguns cientistas, é que "não há necessariamente falta de água no mundo, mas sim, falta de sensatez na forma como a usamos". Programas ambientais da ONU demonstram que as guerras do futuro serão originadas por questões ambientais. E a escassez de água será um dos principais motivos que levarão à guerra e ao conflito internacional. Então, o que podemos fazer nesse momento é ECONOMIZAR mesmo em tempos de abundância! Sempre nos lembrando do amanhã, e de que o mundo está passando por situações climáticas imprevisíveis que podem prejudicar a nós mesmos ou à nossa descendência! 

O planeta depende dela, a natureza depende dela e nós também dependemos! Usemos a água, mas com moderação!

Usando com responsabilidade, não irá faltar! (Foto: Reprodução)